Shibari – prática corporal e arte
A longa história comumente atribuída ao shibari, a arte japonesa de amarrar, começa nas antigas guerras no Japão, passando pela arte e pelo âmbito erótico. Quem não se contenta apenas com os clichês do sadomasoquismo aos quais por vezes o uso das cordas é reduzido, descobre uma prática corporal fascinante que – além de revelar um universo estético único – possui pontos de intersecção com dança ou yoga.
Amarrando a nós mesmos e uns aos outros, estudaremos o funcionamento do corpo em suas possibilidades de movimento, resistência e restrição. Em exercícios de composição e estética, experimentaremos amarrar não só o corpo mas também objetos como uma pedra, um pedaço de bambu ou um tijolo. Aqui, nos deixamos orientar por princípios que são comuns a outras práticas japonesas tal como o ikebana.
Ao desenvolver a própria sensibilidade háptica e visual com relação às cordas, nos deparamos com temas como confiança e entrega, empatia e comunicação, a miríade de sensações entre aconchego e desconforto, o equilibrio entre relaxamento e presença e, enfim, prazer e sintonia. Permitir-se, de maneira lúdica e responsável, entrar em contato com tão arcaicos instrumentos – as cordas – pode ser uma experiência bastante intensa e enriquecedora.
Klara Luhmen
Desenvolve seu trabalho nas áreas de tantra e bondage há quase uma década na Europa. Atuou como bailarina e coreógrafa por muitos anos, dedicando-se também à teoria da dança, sobre a qual concluiu em 2013 um mestrado na Alemanha. Após sua iniciação no tantra com Edun Ará (Brasil), estudou com Roza Bliss (Alemanha) e Anand Rudra (México/Holanda), entre outros, no renomado instituto alemão de tantra Ananda – a arte de tocar. Concebeu em 2009 o projeto LIBERTY, que combina o ritual tântrico com elementos de bdsm. Neste mesmo ano, descobriu sua paixão pelas cordas e pela arte japonesa de amarrar numa aula de yoga e shibari, tendo estudado desde então com Felix Ruckert (Alemanha), Akira Naka (Japão), Barkas (Áustria), Nicolas Yoroï (França), Dasniya Sommer (Alemanha), Hajime Kinoko (Japão), Kawashi kanna (Japão), Ren Yagami e Gorgone (Japão/França). Junto a Matís d’Arc, trabalha na Luhmen d´Arc, organizando cursos e eventos relacionados à consciência corporal, sexualidade e arte.
Matis d’Arc
Mestre em literatura. Trabalhou no setor de cultura na Argentina e na Alemanha, mais recentemente nos campos de música e dança contemporânea. Desde sua primeira aula de shibari com Felix Ruckert (Alemanha) na Schwelle7 em Berlim em 2011, tem descoberto as áreas de práticas tântricas, bdsm e jogos eróticos. Shibari permanece sua maior paixão, tendo estudado com riggers tais como Hajime Kinoko (Japão), Dasniya Sommer (Alemanha), Esinem (Inglaterra), Wildties (Itália) e Amalion (Alemanha). Paralelamente ao início de seu trabalho na Luhmen d’Arc em 2013, tem trilhado um caminho profissional oferecendo sessões tântricas e de bdsm.
As inscrições poderão ser feitas pelo site do Hibridus: www.hibridus.com.br ou pelo telefone 31 3821 3513 de segunda a sexta das 13h às 18h.
Serviço
Oficina de Shibari
Dias 7 e 8 de (sábado e de domingo) podendo participar de um ou dos dois dias.
Das 15h as 20h
Local: Espaço Hibridus Dança – Av. Vinte e Oito de Abril, 621 sala 402 4º andar Centro/Ipatinga